arte romana, século II
Mármore. Presença de radículas, concreções fortes na
costas, nariz restaurado; Dim_ 32,5 cm x 23 x 25,5 cm
Procedência
Antiga coleção sueca, adquirida na Suécia na década de 1970
UM IMPORTANTE RETRATO ROMANO DE MÁRMORE DO IMPERADOR HADRIAN, SÉCULO II AD
A cabeça maciça estava ligeiramente virada para a esquerda. O cabelo é trabalhado em ondas em camadas começando no vértice para terminar no
testa com pequenos cachos enrolados. A testa é larga e esburacada acima das sobrancelhas, escavada nas têmporas. Chá
olhos são escurecidos por sobrancelhas baixas, cuja linha está em acento circunflexo e um vinco côncavo sub-sobrancelha que quase
esconde completamente a pálpebra superior. A pálpebra inferior mostra claramente o globo ocular bastante redondo, sem indicação de pupila ou íris.
Um anel repousa na linha inferior da órbita.
As bochechas são largas, contrastando com a base estreita do nariz. Uma barba curta, grossa e encaracolada aumenta a largura da
masseter. Os pêlos são mais lisos no bigode. O lábio inferior é ligeiramente reentrante. Todo o rosto exala uma majestosa
presença. De acordo com a classificação de M. Wegner(1) sobre o retrato de Adriano, este retrato deve ser comparado ao grupo
“Typus Panzer-Paludamentumbuste Baiae”, incluindo o retrato do Louvre Ma 3132, o de Nápoles 6075 e o de
Roma 890 (Capitolini) fazem parte.
A alta qualidade do mármore e a execução do retrato em comparação com outros do mesmo grupo possibilita
considerar o trabalho de uma oficina grega - hipótese desenvolvida por C. Evers(2) no caso do retrato blindado
de Nápoles de Bagas.
Tendo em conta o estilo da obra e a sua grande dimensão, podemos afirmar que esta cabeça pertenceu a uma grande estátua do imperador
representado em nudez heróica ou representado como um deus grego - uma vez que se reconhece que Adriano foi o primeiro imperador a ser
deificado durante sua vida(3).
A cabeça maciça estava ligeiramente virada para a esquerda. O cabelo é trabalhado em ondas do vértice para terminar na testa em pequenos cachos enrolados. A testa é larga e esburacada acima das sobrancelhas, escavada nas têmporas. Olhos escurecidos por sobrancelhas baixas, cuja linha é em acento circunflexo e um côncavo sub-sobrancelho que esconde quase completamente a pálpebra superior. A pálpebra inferior limpa bem o globo ocular bastante redondo, sem indicação de pupila ou íris. Um anel repousa sobre o contorno inferior da órbita.
As bochechas são largas, contrastando assim com a base estreita do nariz. Uma barba curta cheia e encaracolada aumenta
a largura do masseter. Os pêlos são mais lisos no bigode. O lábio inferior é ligeiramente recuado. Todo o rosto exala uma presença majestosa.
De acordo com a classificação de M. Wegner (1) sobre o retrato de Adriano este retrato deve ser comparado ao grupo
"Typus Panzer-Paludamentumbuste Baiae", do qual fazem parte o retrato do Louvre Ma 3132, o de Nápoles 6075 e o de Roma 890 (Capitolini).
A alta qualidade do mármore e da execução do retrato em comparação com outros do mesmo grupo permite vislumbrar o trabalho de uma oficina grega – hipótese desenvolvida por C.Evers(2) no caso do retrato blindado de Nápoles de Bagas.
Tendo em vista o estilo da obra e seu grande tamanho, podemos afirmar que essa cabeça pertencia a uma grande estátua do imperador figurado em nudez heróica ou representado como um deus grego - já que se reconhece que Adriano foi o primeiro imperador a ser deificado durante sua vida(3).
1 M. Wegner, Das romische Herrscherbild II, 3, Berlim, 1956
2 C. Evers, Retratos de Adriano. Tipologia e workshops, Bruxelas, Royal Academy of Belgium, 1994
3 K. de Kersauson, Catálogo de retratos romanos, T.II, p. 124, Paris, 1996
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